segunda-feira, dezembro 28, 2009

Chuvas em São Paulo


Chuvas em São Paulo

Quando o horizonte começa a escurecer calafrios tomam contam de uma boa parcela da população da capital paulista, maioria esmagadora de periféricos, excluídos, marginalizados; tanto por que moram nas beiras dos córregos ou por que são marginalizados pela sociedade. Sem falar nos que moram nas encostas dos morros, denominadas áreas de risco pelas “autoridades”, que estão carecas de saber onde se encontram os problemas, das condições precárias vividas pelas pessoas e nada fazem.

Estamos no verão, estação mais chuvosa do ano, meteorologistas arrotam estatísticas, mostram mapas e outras tecnologias onde apontam o dia a hora e o lugar que cairá a próxima chuva, até descolaram um culpado pra tudo isso, um estrangeiro com o nome de El Niño, contudo famílias inteiras morrem soterradas ou afogadas.

Quando não morrem perdem a moradia e os únicos pertences domésticos adquiridos, via dezenas de parcelas pagas religiosamente. As nuvens se demonstram densas e escuras, pessoas rezam pedindo proteção divina, ato que trará pouco resultado perante a fúria da natureza.

A cidade de cimento não permite a absorção da água da chuva pelo solo, lixo nos córregos e nos bueiros então nem se fala. Alargaram rios, fizeram piscinões e muita propaganda; a população cresce e sem consciência vai vivendo. A repórter diz que em um dia choveu cem vezes mais do que o esperado e depois muitos lamentam e ao mesmo tempo agradecem por estarem vivos e por poderem recomeçar de novo.

Não me conformo com o descaso quais essas pessoas são submetidas, expostas totalmente ao ridículo, com seus rostos na tela da teve sendo exibidos, explorados. Canais alugam casas perto dos locais afetados, Jardim Pantanal, ganham o maior ibope em horário nobre, e nada fazem, nem sequer tomam uma perante as autoridades, no sentido de cobrarem medidas urgentes parar sanar e prevenir os problemas da população,sendo apenas um veiculo de utilidade publica.

Quase dez crianças morreram soterradas em desabamentos em São Paulo, agora outras duas morreram com suspeitas de leptospirose, isso no ano de 2009. Até quando isto será uma constante? Verão após verão, chuva após chuva! Quantas famílias, quantas crianças precisarão morrer pras autoridades tomarem uma iniciativa, para com a população, porque assim não dá!

Parece que a natureza está cobrando e quem está pagando com a própria vida são aqueles que não têm nada a ver com a parada, ou seja, inocentes!

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